- WSL / Steve Robertson
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O paulista Jessé Mendes conquistou sua segunda vitória em etapas do QS 6000 esse ano e praticamente garantiu uma das dez vagas do WSL Qualifying Series para a elite dos top-34 que vai disputar o World Surf League Championship Tour em 2018. Com o título no Gotcha Ichinomiya Chiba Open no domingo no Japão, o surfista do Guarujá lidera o ranking com quase o dobro dos pontos do segundo colocado, o japonês Hiroto Ohhara. Ele já abriu 8.150 pontos de vantagem com os 6.000 recebidos na final com o australiano Cooper Chapman, que impediu uma decisão brasileira em Chiba ao barrar o também paulista Flavio Nakagima nas semifinais.

Jesse Mendes on the Podium for the third time in 2017. Podium - WSL / Steve Robertson

Essa foi a terceira etapa com status QS 6000 realizada esse ano e Jessé Mendes foi finalista em todas elas. Só perdeu a primeira, para o catarinense Yago Dora na final verde-amarela do tradicional Surfest de Newcastle na Austrália, que valia a ponta do ranking do WSL Qualifying Series. Um domingo depois, assumiu a liderança e não largou mais após bater o top da elite, Julian Wilson, na decisão do Australian Open of Surfing, em Sydney. No Japão, derrotou outro australiano para se consolidar no grupo dos dez surfistas que sobem para o CT.

"Eu consegui um grande feito com duas vitórias em três finais, mas não vou descansar e vou continuar concentrado para buscar grandes resultados ainda", disse Jessé Mendes. "Eu já cheguei perto de me qualificar para o CT algumas vezes, então não quero deixar passar mais uma chance. Ainda tem muitos eventos importantes pela frente para mim este ano".

Jesse Mendes going vert on his way to another QS6,000 final in 2017. Jesse Mendes - WSL / Steve Robertson

Apesar das ondas pequenas de meio metro de altura do domingo em Shida Point, elas apresentavam uma boa formação para fazer manobras usando a borda da prancha e até aéreas também. Foi arriscando os voos que o australiano Cooper Chapman tentou vencer Jessé Mendes na bateria final, depois do brasileiro surfar uma onda no critério excelente dos juízes que valeu nota 9,33. Ele ainda tirou duas na casa dos 7 pontos a cada ameaça do australiano para vencer por 16,16 a 14,06 pontos e faturar o prêmio máximo de 25.000 dólares do QS 6000 Gotcha Ichinomiya Chiba Open.

"Embora eu gostasse mais se tivesse vencido a final, foi um grande resultado para mim e estou feliz por ter subido para o quinto lugar no ranking", disse Cooper Chapman, que saltou da 59.a para a quinta posição no WSL Qualifying Series, com os 4.500 pontos do segundo lugar no Japão. "Ainda temos uma série de grandes eventos pela frente e a fase decisiva do ano é a partir de agora até dezembro. Espero me manter entre os dez primeiros até lá".

Cooper Chapman finished runner-up at Shida Point. Cooper Chapman - WSL / Steve Robertson

O australiano foi um dos dois surfistas que entraram na zona de classificação para o CT no QS 6000 do Japão. O outro é o norte-americano Griffin Colapinto, que foi barrado pelo brasileiro Flavio Nakagima nas quartas de final e subiu da 24.a para a nona colocação no ranking com o quinto lugar em Chiba. Os dois acabaram tirando dois brasileiros do G-10 nesta etapa, o capixaba Rafael Teixeira e o baiano Bino Lopes.

SEMIFINAIS - Nakagima poderia até ter entrado na lista se tivesse passado para a final do Gotcha Ichinomiya Chiba Open, mas perdeu o primeiro duelo do domingo para Cooper Chapman. Os dois tiveram poucas chances para surfar, porque entraram poucas ondas na bateria marcada por longos intervalos entre as séries. O australiano não desperdiçou as oportunidades que teve e venceu por 16,86 a 13,44 computando notas 8,93 e 7,93, contra 7,67 e 5,77 do brasileiro.

Flavio Nakagima finished equal third at the 2017 Ichinomiya Chiba Open QS6,000. Flavio Nakagima - WSL / Steve Robertson

Na segunda semifinal, Jessé Mendes também tirou uma nota excelente, 8,33, para superar Oney Anwar por 15,66 a 14,47. O surfista da Indonésia e Flavio Nakagima ficaram em terceiro lugar no QS 6000 do Japão, marcaram 3.550 pontos no WSL Qualifying Series e receberam 5.500 dólares de prêmio. Nakagima saltou de 86 para 13 no ranking e Anwar de 99 para 14, ambos se aproximando bastante da zona de classificação para o CT.

PERNA SUL-AFRICANA - Depois do Japão, a batalha pelas dez vagas para a elite dos top-34 da World Surf League será travada na África do Sul. Serão quatro etapas seguidas, com o primeiro QS 10000 do ano, o Ballito Pro, fechando a "perna sul-africana" nos dias 3 a 9 de julho em KwaZulu-Natal. Antes, tem um QS 1000 em Western Cape de 2 a 4 de junho, um QS 3000 em Durban nos dias 14 a 18 e outro QS 1000 de 23 a 25 em Cape Town, promovido pelo vice-campeão mundial Jordy Smith.

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