- WSL / Tim Hain
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A sexta-feira amanheceu com ondas irregulares de 2-3 pés em Riyue Bay e só foram realizadas três baterias das quartas de final femininas do Jeep World Longboard Championship 2016, pois as condições do mar se deterioraram rapidamente na China. A carioca Chloé Calmon ganhou o primeiro duelo do dia, já está nas semifinais como no ano passado e vai tentar trazer um título inédito para o Brasil na Ilha Hainan. Já a categoria masculina, que tem o peruano Piccolo Clemente buscando o tricampeonato mundial e os brasileiros Phil Rajzman e Rodrigo Sphaier também classificados para disputar vagas para as quartas de final, não rolou na sexta-feira.

Chloe Calmon Chloé Calmon - WSL / Tim Hain

Entre as meninas, uma nova campeã será conhecida esse ano, pois as duas últimas que estavam na disputa foram eliminadas por duas surfistas da Ilha Reunião. A defensora do título, Rachael Tilly, dos Estados Unidos, perdeu para Justine Mauvin. E a bicampeã de 2012 e 2013, Kelia Moniz, do Havaí, foi barrada por Alice Lemoigne. Por ser a única das cinco concorrentes que já foi semifinalista do Jeep World Longboard Championship na China, Chloé Calmon é apontada como a grande favorita pelas suas ótimas atuações nas ondas de Riyue Bay.

A brasileira teve que mostrar todo o seu potencial para derrotar Honolua Blomfield. Chloé começou bem com nota 8,33, mas só confirmou a vitória em sua última onda, quando usou sua habilidade em executar as manobras clássicas do pranchão para arrancar 9,33 dos juízes. Com ela, atingiu o maior placar das meninas nas ondas de Riyue Bay esse ano, 17,66 pontos contra 14,67 da havaiana.

Rachael Tilly Rachael Tilly - WSL / Tim Hain

"Foi realmente uma bateria muito louca, pois não tínhamos certeza se ela ia rolar até minutos antes de começar", disse Chloé Calmon. "Eu observei uma grande melhoria no surfe da Honolua (Blomfield), então já sabia que ia ser uma adversária difícil de vencer e não consegui ficar tranquila por nenhum momento lá fora. Depois que consegui minha primeira nota boa, foi difícil achar outra onda para somar, então fiquei muito nervosa o tempo todo, até vir aquela onda no fim que acabou me garantindo a vitória".

Sua adversária nas semifinais é Justine Mauvin, surfista da Ilha Reunião que barrou a defensora do título mundial, Rachael Tilly, dos Estados Unidos, por 13,56 a 12,56 pontos. Chloé já a derrotou na quinta-feira, na rodada classificatória para as quartas de final, mas sabe que não será fácil enfrenta-la novamente. Principalmente depois da motivação extra de Justine Mauvin por ter derrotado a atual campeã da World Surf League.

Kelia Moniz Kelia Moniz - WSL / Tim Hain

"Nem consigo acreditar nisso e estou muito feliz", vibrou Justine Mauvin. "Eu senti que leva um tempo para entrar em um bom ritmo com essa onda, mas tenho vindo para cá por alguns anos e agora consigo me sentir mais confortável lá fora. O apoio que venho recebendo na praia parece tão irreal que nem posso acreditar que consegui passar para as semifinais".

Mesmo assim, a brasileira Chloé Calmon é a favorita no duelo, pois já mostrou estar em grande forma esse ano. A carioca já venceu duas etapas do Longboard Qualifying Series (LQS) na temporada 2016, o Women´s Cancer Institute NSW Pro em Kingscliff, na Austrália, e o Longboard Pro Gaia na Praia de Gaia, em Portugal. Outras duas surfistas igualaram o feito de Chloé Calmon no LQS.

Justine Mauvin Justine Mauvin - WSL / Tim Hain

Uma delas a própria Honolua Blomfield eliminada pela brasileira na sexta-feira na China, que venceu em casa uma etapa em Kuhio Beach, em Waikiki, no Havaí, e a da Ilha Taiwan em Jinzun Harbor. A outra com duas vitórias no LQS é Alice Lemoigne em duas provas da perna europeia, na França e na Inglaterrra. Alice despachou a bicampeã mundial Kelia Moniz, do Havaí, por 15,67 a 12,83 na bateria que acabou fechando a sexta-feira na Ilha Hainan.

"A Kelia (Moniz) é uma surfista incrível e com um estilo muito elegante", disse Alice Lemoigne. "Ela é uma das melhores do mundo e nunca pensei que poderia vencê-la, então até eu estou realmente surpresa com o resultado. Na semana passada, eu tinha perdido meu passaporte e a viagem para cá se transformou num pesadelo. Mas, consegui resolver tudo a tempo e, uma semana depois, estou nas semifinais do Mundial, então é como se estivesse na Lua agora".

Honolua Blomfield Honolua Blomfield - WSL / Tim Hain

Enquanto a primeira semifinal já está completa, com Chloé Calmon e Justine Mauvin disputando a primeira vaga para a decisão do título mundial de 2016 da World Surf League, Alice Lemoigne ainda tem que aguardar a realização da última quarta de final para saber quem será sua adversária, a norte-americana Tory Gilkerson ou a australiana Nava Young.

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