- WSL / Matt Dunbar

A Austrália vai sediar a decisão do título mundial Pro Junior da World Surf League pelo segundo ano consecutivo nas ondas de Bombo Beach, em Kiama, na costa sul de New South Wales. O prazo do WSL Jeep World Junior Championship 2017 começa nesta quinta-feira e vai até o dia 12 de janeiro. Um total de 54 surfistas com até 18 anos de idade vai disputar os títulos, sendo 36 na categoria masculina e 18 na feminina competindo no mesmo formato utilizado nas etapas do CT. Eles se classificaram nas seletivas promovidas pelos sete escritórios regionais da World Surf League em todos os continentes. Quatro brasileiros e dois peruanos foram selecionados pela WSL South America no RDS Pro Junior em homenagem a Ricardo dos Santos na Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina.

Group photo of athletes taking part in the World Junior Championship at Kiama, NSW. World Junior Championship Athletes - WSL / Matt Dunbar

Dois brasileiros foram escalados como cabeças de chave das primeiras baterias do WSL Jeep World Junior Championship 2017. O paulista Samuel Pupo está na primeira com o norte-americano Ryland Rubens e o francês Marco Mignot. Na segunda, estreia o campeão sul-americano Pro Junior de 2017, o catarinense Mateus Herdy, contra o australiano Mikey McDonagh e o japonês Keanu Kamiyama. Assim como CT, essa primeira rodada não é eliminatória. Os vencedores das baterias avançam direto para a terceira fase, mas os perdedores têm outra chance de classificação na repescagem.

O único peruano do time sul-americano masculino, Jhonny Guerrero, está na quarta bateria com o havaiano Barron Mamiya e o sul-africano Adin Masencamp. E o outro brasileiro, João Chianca, de Saquarema (RJ), vai disputar a última vaga direta para a terceira fase com o sul-africano Ford Van Jaarsveldt e Che Allan, de Barbados.

Mateus Herdy - Hang Loose São Sebastião Pro Mateus Herdy - WSL / Daniel Smorigo

Na competição feminina, a primeira a estrear será a campeã sul-americana de 2017, Sol Aguirre. A peruana está na quarta bateria com a havaiana Zoe McDougall e a norte-americana Alyssa Spencer. Já a campeã sul-americana de 2016, a catarinense Tainá Hinckel, está na sexta e última da primeira fase, com a havaiana Summer Macedo e a australiana Sophia Fulton.

A primeira chamada para o início do WSL Jeep World Junior Championship foi marcada para as 7h00 da quinta-feira na Austrália, 18h00 da quarta-feira no horário de verão do Brasil. A comissão técnica vai analisar as condições do mar em Bombo Beach e decidir se estão boas ou não para dar a largada na disputa pelos últimos títulos mundiais de 2017. Se estiverem favoráveis, também definirá qual categoria vai abrir o primeiro dia, se a masculina ou a feminina. O evento será transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com

Sol Aguirre - Neutrox Weekend Sol Aguirre - WSL / Pedro Monteiro

HEGEMONIA BRASILEIRA - O título mundial Pro Junior começou a ser disputado em 1998 pela antiga Association of Surfing Professionals (ASP), hoje World Surf League (WSL). O primeiro a levantar o troféu de melhor surfista do mundo com até 21 anos de idade foi o já falecido Andy Irons, havaiano que depois se sagrou tricampeão mundial profissional no World Championship Tour. Mas, é o Brasil que detém o maior número de títulos nas dezoito edições disputadas, sete no total. A hegemonia verde-amarela foi iniciada na última vez que o evento foi realizado no Havaí, pelo carioca Pedro Henrique no ano 2000.

Depois, a decisão mudou para a Austrália e o hoje campeão mundial Adriano de Souza foi o vencedor do título de 2003. O terceiro veio no ano seguinte com o cearense Pablo Paulino, que repetiu o feito em 2007, sendo o único brasileiro a ser bicampeão mundial Pro Junior. A bandeira brasileira voltou ao alto do pódio com o paulista Caio Ibelli, que em 2011 conquistou o título na única vez que o título foi disputado num circuito de três etapas. Dois anos depois aconteceu a única decisão no Brasil e o campeão do HD World Junior Championship 2013 na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC), foi Gabriel Medina. O carioca Lucas Silveira festejou a última vitória brasileira em 2015 em Portugal. Esta foi a última edição para surfistas com até 21 anos, pois na de 2016 o limite de idade mudou para 18 anos.

Tainá Hinckel - Neutrox Weekend Tainá Hinckel - WSL / Pedro Monteiro

Foi neste ano que o título voltou a ser disputado na Austrália e Ethan Ewing conquistou o quinto troféu para os australianos. Mais quatro países também aparecem na galeria de campeões desta categoria na World Surf League, o Havaí com três títulos e a África do Sul, Portugal e França com um cada. Sempre considerada como uma das grandes potências do esporte, os Estados Unidos ainda não têm nenhum título mundial Pro Junior. No ano passado, o californiano Griffin Colapinto chegou perto de quebrar esse tabu, mas perdeu a decisão do título de 2016 para o australiano Ethan Ewing.

Já na categoria feminina, as australianas ganharam a maioria das doze edições, pois as meninas só começaram a disputar essa competição em 2005. Assim como os brasileiros no masculino, a Austrália tem sete títulos femininos, contra dois do Havaí, dois da França e um da Nova Zelândia. No ano passado, as duas representantes da América do Sul não conseguiram vencer nenhuma bateria em Kiama. A catarinense Tainá Hinckel está de volta à Austrália esse ano e a peruana Sol Aguirre vai substituir a argentina Josefina Ane que foi no ano passado.

Jhonny Guerrero (PER) - Billabong Pro Junior San Bartolo Jhonny Guerrero (PER) - WSL / Grupo Firbas
World Surf League
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