Um já tem grande vivência na elite mundial e, apesar de ainda ter só 26 anos, já até pode ser considerado um veterano. O outro é apontado como uma das promessas da nova geração, com apenas 18 anos. Os irmãos Miguel e Samuel Pupo competem "em casa" - e como destaques - no Red Nose São Sebastião Pro 2018, etapa do QS 3000, que começa nesta quarta-feira (31), na Praia de Maresias, em São Sebastião/SP.
Maresias, São Sebastião. - WSL / Daniel Smorigo
O último evento QS antes do Havaí tem janela até o domingo (4) e conta com surfistas de mais 12 países. Serão US$ 75 mil em premiação, além dos 3 mil pontos no ranking. Outra atração é a definição do título sul-americano da World Surf League (WSL).
Miguel é o mais experiente e, inclusive, já venceu a etapa do Mundial na mesma Maresias em 2015 e, inclusive, assegurou sua vaga para o CT na temporada seguinte. Os dois competem em situações distintas, o mais velho ainda com chances reais de retornar à elite, e o mais novo buscando seu espaço no QS, mas ambos não escondem a vontade de poder competir juntos.
Miguel Pupo - WSL / Daniel Smorigo
Em cada declaração sobre uma possível bateria entre os dois, os elogios ao irmão são frequentes. "Muito legal competir ao lado meu irmão. É muito bom ter família por perto. Não rolou essa bateria junto ainda, mas estamos em busca disso", diz Miguel.
"Se cair junto, existe competitividade, com certeza. Se for bateria de quatro atletas, a gente vai querer passar, se for quartas, semi ou final, é um sonho de qualquer jeito. Acho que meu pai e minha mãe sempre sonharam em ver a gente competindo junto e se rolar essa bateria, a competitividade vai estar ali, até porque o esporte é individual, mas vamos tentar mostrar um show de surf para a galera", admite o mais velho.
Samuel Pupo - WSL / Kenneth Morris
O caçula vai na mesma linha e também confessa a expectativa de poder estar ao lado de Miguel. "Se a gente cair junto, é uma bateria normal. Dentro d'água não tem rivalidade, vamos nos divertir para surfar bem. Já estamos esperando essa bateria há um tempo. Se for aqui, vai ser melhor ainda", afirma Samuca.
"Competir com ele é irado. É um ótimo competidor. É um prazer e um aprendizado assistir. É demais ter um irmão no mesmo campeonato. A gente está sempre um puxando o outro. E em casa é melhor ainda. A gente sabe do nosso potencial aqui nessa onda, então é um lugar especial e onde o Miguel já ganhou", comenta.
Miguel Pupo - WSL / Damien Poullenot
Miguel completa os elogios ao irmão. "Já tive a felicidade de ir com ele em dois eventos do CT, coisa que alguns anos atrás você só sonhava", fala Miguel. "Na idade dele, queria ter tido essas mesmas oportunidades, competir esses eventos pouco antes de entrar no Tour. Os patrocinadores estão acreditando no seu futuro e ano passado ele correu o primeiro CT com 16 anos. Todo mundo sabe o potencial que ele tem", opina.
No ranking QS, Miguel é o 23º colocado, com três trocas baixas, mantendo as chances reais de classificação ao CT 2019. Samuel é o 114º colocado e alimenta a expectativa de fazer uma boa pontuação para figurar entre os top 100. "Não só eu, mas muita gente, vem para Maresias em busca desses pontos. Que bom que está acontecendo um evento, a gente sabe que foi um ano complicado. Quero competir bem, não só pelos pontos, mas por uma etapa no Brasil, antes do Havaí. Uma disputa em casa, para prestigiar os atletas brasileiros, é muito importante", destaca Miguel.
Samuel Pupo - WSL / Damien Poullenot
Para ele, o fato de já ter vencido essa competição, é uma lembrança boa, que gera confiança e estímulo. "Geralmente, a maioria dos atletas sente a pressão de estar competindo em casa, mas para mim é o contrário. Eu tenho muita dificuldade quando eu viajo para ficar longe. Me sinto bem dormindo na minha cama, comendo a comida da minha mãe, brincando com a minha filha. Me sinto relaxado, tranquilo, o que me ajuda até a pensar com mais clareza e surfar melhor", complementa.
Miguel conta a importância da vitória em 2015 e admite a vontade de repetir a dose. "Tenho o vídeo no meu computador do último evento completo, de todas as baterias que eu venci, e sempre que estou nos campeonatos, não só aqui em Maresias, estou assistindo, para ter essa recordação, dar ânimo e uma vontade a mais. Com certeza, vencer em casa de novo, seria um sonho. Ainda mais depois do nascimento da minha filha", revela.
Maresias, São Sebastião. - WSL / Daniel Smorigo
No Red Nose São Sebastião Pro 2018, os dois estreiam na terceira fase, ou o round dos 64, coincidentemente escalados em baterias com atletas que disputam o título sul-americano e aguardando os competidores que virão do round dos 96. Samuca compete na terceira bateria, junto com Weslley Dantas, de Ubatuba, seu "velho" rival de disputas amadoras, enquanto que Miguel está na bateria 13, com Renan Pulga, também de São Sebastião.
O Red Nose São Sebastião Pro 2018 é uma realização da World Surf League (WSL), com os patrocínios da Jeep e Corona, apoios da Confederação Brasileira de Surf, Federação Paulista de Surf, Associação de Surf de São Sebastião (ASSS) e Associação de Surf de Maresias (ASM), com divulgação da 89 FM e Waves.
Samuel Pupo (BRA) and Miguel Pupo (BRA) - WSL / Laurent Masurel
Miguel e Samuel queriam mais desse ano
Miguel Pupo ingressou na elite mundial em 2011, junto com o amigo Gabriel Medina, aos 18 anos. Na atual temporada, fora da elite, foi convidado como wild card a partir da terceira etapa, em Saquarema, com a lesão de Caio Ibelli. Já disputou oito etapas em 2018 e seu melhor resultado foi o quinto na piscina de ondas. "Foi uma temporada complicada para mim. Eu tinha planos para o ano em relação ao QS", conta.
"Felizmente foi chamado para as etapas do CT. Foi muito bom, me pegou de surpresa, mas é diferente. Nunca tinha sentido isso. É como se sua cabeça não estivesse lá. É tudo surpresa, você sempre pega o voo de última hora, as pranchas que tem em casa. Não dando desculpas, porque já tenho experiência, mas você não está esperando e acaba estragando todo o planejamento de treinamento e foco no QS. Isso reflete um pouco. Não estou tão mal no QS, tenho minhas chances, mas poderia estar melhor se tivesse um foco só", admite.
Jesse Mendes (BRA) and Miguel Pupo (BRA) - WSL / Laurent Masurel
Apesar de não alcançar seus objetivos, em oito etapas, Miguel mais uma temporada competindo entre os melhores do Mundo. "Completo minha oitava temporada. No nono evento é considerado como se fizesse parte do Circuito. O que é um feito bem legal. Poucas pessoas alcançaram isso", relata Miguel, que completa 27 anos no próximo dia 19. "Entrei bem novo no CT. Amadureci e cresci como pessoa dentro do Tour. Foi bem legal competir com meus ídolos, ficar amigo deles. Foi um sonho. Ainda tenho 26 anos e muito tempo para voltar e ficar mais dez anos, se quiser. Então, é manter a tranquilidade, competir e ser feliz.
Já Samuel Pupo disputa a sua última etapa do QS do ano em Maresias e espera subir no ranking. "Competir em casa vai ser irado. Sempre que tem campeonato em Maresias é muito bom, é só pegar minhas coisas, ir para a praia e surfar. A pressão é menor, eu conheço mais a onda, surfo aqui todos os dias e sei que tenho essa vantagem", ressalta o atleta, fazendo uma autoavaliação de sua temporada no QS.
Samuel Pupo - WSL / Luis Patiño - Media Pro
Apesar de ter conquistado o título sul-americano no Peru, agora no final de setembro, ele queria melhores resultados em busca da vaga ao CT. "Minha participação no QS foi bem ruim, pelas minhas expectativas. Espero que ano que vem seja melhor", confessa o atleta, sabendo o que precisa melhorar. "Minha estratégia na bateria, foi o que mais me prejudicou. Fiz bastante escolha errada. Espero melhorar nas escolhas de onda", completa Samuca.
Irmãos Pupo competem "em casa" no Red Nose São Sebastião Pro
Fabio Maradei - FMA Notícias
Um já tem grande vivência na elite mundial e, apesar de ainda ter só 26 anos, já até pode ser considerado um veterano. O outro é apontado como uma das promessas da nova geração, com apenas 18 anos. Os irmãos Miguel e Samuel Pupo competem "em casa" - e como destaques - no Red Nose São Sebastião Pro 2018, etapa do QS 3000, que começa nesta quarta-feira (31), na Praia de Maresias, em São Sebastião/SP.
Maresias, São Sebastião. - WSL / Daniel SmorigoO último evento QS antes do Havaí tem janela até o domingo (4) e conta com surfistas de mais 12 países. Serão US$ 75 mil em premiação, além dos 3 mil pontos no ranking. Outra atração é a definição do título sul-americano da World Surf League (WSL).
Miguel é o mais experiente e, inclusive, já venceu a etapa do Mundial na mesma Maresias em 2015 e, inclusive, assegurou sua vaga para o CT na temporada seguinte. Os dois competem em situações distintas, o mais velho ainda com chances reais de retornar à elite, e o mais novo buscando seu espaço no QS, mas ambos não escondem a vontade de poder competir juntos.
Miguel Pupo - WSL / Daniel SmorigoEm cada declaração sobre uma possível bateria entre os dois, os elogios ao irmão são frequentes. "Muito legal competir ao lado meu irmão. É muito bom ter família por perto. Não rolou essa bateria junto ainda, mas estamos em busca disso", diz Miguel.
"Se cair junto, existe competitividade, com certeza. Se for bateria de quatro atletas, a gente vai querer passar, se for quartas, semi ou final, é um sonho de qualquer jeito. Acho que meu pai e minha mãe sempre sonharam em ver a gente competindo junto e se rolar essa bateria, a competitividade vai estar ali, até porque o esporte é individual, mas vamos tentar mostrar um show de surf para a galera", admite o mais velho.
Samuel Pupo - WSL / Kenneth MorrisO caçula vai na mesma linha e também confessa a expectativa de poder estar ao lado de Miguel. "Se a gente cair junto, é uma bateria normal. Dentro d'água não tem rivalidade, vamos nos divertir para surfar bem. Já estamos esperando essa bateria há um tempo. Se for aqui, vai ser melhor ainda", afirma Samuca.
"Competir com ele é irado. É um ótimo competidor. É um prazer e um aprendizado assistir. É demais ter um irmão no mesmo campeonato. A gente está sempre um puxando o outro. E em casa é melhor ainda. A gente sabe do nosso potencial aqui nessa onda, então é um lugar especial e onde o Miguel já ganhou", comenta.
Miguel Pupo - WSL / Damien PoullenotMiguel completa os elogios ao irmão. "Já tive a felicidade de ir com ele em dois eventos do CT, coisa que alguns anos atrás você só sonhava", fala Miguel. "Na idade dele, queria ter tido essas mesmas oportunidades, competir esses eventos pouco antes de entrar no Tour. Os patrocinadores estão acreditando no seu futuro e ano passado ele correu o primeiro CT com 16 anos. Todo mundo sabe o potencial que ele tem", opina.
No ranking QS, Miguel é o 23º colocado, com três trocas baixas, mantendo as chances reais de classificação ao CT 2019. Samuel é o 114º colocado e alimenta a expectativa de fazer uma boa pontuação para figurar entre os top 100. "Não só eu, mas muita gente, vem para Maresias em busca desses pontos. Que bom que está acontecendo um evento, a gente sabe que foi um ano complicado. Quero competir bem, não só pelos pontos, mas por uma etapa no Brasil, antes do Havaí. Uma disputa em casa, para prestigiar os atletas brasileiros, é muito importante", destaca Miguel.
Samuel Pupo - WSL / Damien PoullenotPara ele, o fato de já ter vencido essa competição, é uma lembrança boa, que gera confiança e estímulo. "Geralmente, a maioria dos atletas sente a pressão de estar competindo em casa, mas para mim é o contrário. Eu tenho muita dificuldade quando eu viajo para ficar longe. Me sinto bem dormindo na minha cama, comendo a comida da minha mãe, brincando com a minha filha. Me sinto relaxado, tranquilo, o que me ajuda até a pensar com mais clareza e surfar melhor", complementa.
Miguel conta a importância da vitória em 2015 e admite a vontade de repetir a dose. "Tenho o vídeo no meu computador do último evento completo, de todas as baterias que eu venci, e sempre que estou nos campeonatos, não só aqui em Maresias, estou assistindo, para ter essa recordação, dar ânimo e uma vontade a mais. Com certeza, vencer em casa de novo, seria um sonho. Ainda mais depois do nascimento da minha filha", revela.
Maresias, São Sebastião. - WSL / Daniel SmorigoNo Red Nose São Sebastião Pro 2018, os dois estreiam na terceira fase, ou o round dos 64, coincidentemente escalados em baterias com atletas que disputam o título sul-americano e aguardando os competidores que virão do round dos 96. Samuca compete na terceira bateria, junto com Weslley Dantas, de Ubatuba, seu "velho" rival de disputas amadoras, enquanto que Miguel está na bateria 13, com Renan Pulga, também de São Sebastião.
O Red Nose São Sebastião Pro 2018 é uma realização da World Surf League (WSL), com os patrocínios da Jeep e Corona, apoios da Confederação Brasileira de Surf, Federação Paulista de Surf, Associação de Surf de São Sebastião (ASSS) e Associação de Surf de Maresias (ASM), com divulgação da 89 FM e Waves.
Samuel Pupo (BRA) and Miguel Pupo (BRA) - WSL / Laurent MasurelMiguel e Samuel queriam mais desse ano
Miguel Pupo ingressou na elite mundial em 2011, junto com o amigo Gabriel Medina, aos 18 anos. Na atual temporada, fora da elite, foi convidado como wild card a partir da terceira etapa, em Saquarema, com a lesão de Caio Ibelli. Já disputou oito etapas em 2018 e seu melhor resultado foi o quinto na piscina de ondas. "Foi uma temporada complicada para mim. Eu tinha planos para o ano em relação ao QS", conta.
"Felizmente foi chamado para as etapas do CT. Foi muito bom, me pegou de surpresa, mas é diferente. Nunca tinha sentido isso. É como se sua cabeça não estivesse lá. É tudo surpresa, você sempre pega o voo de última hora, as pranchas que tem em casa. Não dando desculpas, porque já tenho experiência, mas você não está esperando e acaba estragando todo o planejamento de treinamento e foco no QS. Isso reflete um pouco. Não estou tão mal no QS, tenho minhas chances, mas poderia estar melhor se tivesse um foco só", admite.
Jesse Mendes (BRA) and Miguel Pupo (BRA) - WSL / Laurent MasurelApesar de não alcançar seus objetivos, em oito etapas, Miguel mais uma temporada competindo entre os melhores do Mundo. "Completo minha oitava temporada. No nono evento é considerado como se fizesse parte do Circuito. O que é um feito bem legal. Poucas pessoas alcançaram isso", relata Miguel, que completa 27 anos no próximo dia 19. "Entrei bem novo no CT. Amadureci e cresci como pessoa dentro do Tour. Foi bem legal competir com meus ídolos, ficar amigo deles. Foi um sonho. Ainda tenho 26 anos e muito tempo para voltar e ficar mais dez anos, se quiser. Então, é manter a tranquilidade, competir e ser feliz.
Já Samuel Pupo disputa a sua última etapa do QS do ano em Maresias e espera subir no ranking. "Competir em casa vai ser irado. Sempre que tem campeonato em Maresias é muito bom, é só pegar minhas coisas, ir para a praia e surfar. A pressão é menor, eu conheço mais a onda, surfo aqui todos os dias e sei que tenho essa vantagem", ressalta o atleta, fazendo uma autoavaliação de sua temporada no QS.
Samuel Pupo - WSL / Luis Patiño - Media ProApesar de ter conquistado o título sul-americano no Peru, agora no final de setembro, ele queria melhores resultados em busca da vaga ao CT. "Minha participação no QS foi bem ruim, pelas minhas expectativas. Espero que ano que vem seja melhor", confessa o atleta, sabendo o que precisa melhorar. "Minha estratégia na bateria, foi o que mais me prejudicou. Fiz bastante escolha errada. Espero melhorar nas escolhas de onda", completa Samuca.
Red Nose São Sebastião Pro Maresias
Finals day action at the QS3000 in Maresias.
Dora defeated Jesse Mendes in the Final while Wesley Santos became the 2018 WSL South America Regional Champion.
O catarinense ganhou a final entre dois tops do CT com o paulista Jessé Mendes no QS 3000 da Praia de Maresias.
Catch all the action coming out of the QS3000 in Maresias.
Wesley Santos segue na busca pelo título sul-americano e Marcos Corrêa fez a primeira nota 10 do QS 3000 de São Sebastião.
News
The QS is back at the famed stretch of La Zicatela for the first time since 2019 with some of Mexico's premier competitors set to clash
2019 marked the last time QS competitors put on a showcase in solid Puerto Escondido conditions and John Mel earned his first-ever victory.
Coastal Becomes Official Real Estate Partner of the 2025 Gold Coast Pro.
Eden Wall and Taro Watanabe emerge victorious after impeccable runs through competition at Morro Rock.
A third-consecutive Final yielded a highly-anticipated win for Taro Watanabe after dismantling performances throughout the event,