- WSL / Marcio David

O Billabong apresenta LayBack Pro QS 3000 confirmou mais três classificações para o Challenger Series, nas quartas de final disputadas no sábado de muito calor na Praia Mole lotada em Florianópolis. Ryan Kainalo, Rafael Teixeira e Weslley Dantas, garantiram seus nomes e só resta uma vaga a ser definida, para Leo Casal ou Krystian Kymerson. Já no ranking feminino, Silvana Lima e Sophia Medina disputam a que está com Isabelle Nalu, barrada no primeiro duelo do sábado. As semifinais abrem o domingo decisivo, às 9h00 na Praia Mole, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

Para tirarem o quarto lugar da jovem catarinense de apenas 15 anos de idade, Sophia Medina e Silvana Lima têm que vencer o Billabong apresenta LayBack Pro. A irmã do tricampeão mundial, Gabriel Medina, vai competir na primeira bateria do domingo, contra Taina Hinckel, que venceu o confronto catarinense com Isabelle Nalu. Silvana entra na segunda com a peruana Sol Aguirre, que já está garantida no Challenger Series e, se passar para a final, conquista o título sul-americano da temporada 2022/2023 da WSL Latin America.

Taina Hinckel Tainá Hinckel é a única catarinense nas semifinais do LayBack Pro 2023 - WSL / Marcio David

Caso Silvana e Sophia não derrotem suas adversárias, a quarta e última vaga do ranking feminino fica para Isabelle Nalu. As semifinais masculinas também podem decidir a última classificação para o circuito de acesso para a elite do World Surf League Championship Tour. Leo Casal perdeu o duelo catarinense para Luan Wood no último minuto. Agora, sua sétima posição no ranking está ameaçada por Krystian Kymerson. O capixaba fica com ela, se passar pelo paranaense Peterson Crisanto na segunda semifinal. A primeira será entre o paulista já garantido, Ryan Kainalo, com o catarinense Luan Wood, que está fora desta briga.

As semifinais femininas vão abrir o último dia do Billabong apresenta LayBack Pro QS 3000 em Florianópolis. Apesar das ondas pequenas do sábado, Sophia Medina fez os recordes femininos do campeonato - nota 7,33 e 13,33 pontos - contra a catarinense Laura Raupp, campeã do primeiro LayBack Pro na Praia Mole em 2021. As duas representaram o Brasil no Challenger Series de 2022, mas agora só Sophia segue com chances de se classificar mais uma vez.

"Eu estou bem focada neste evento, porque eu preciso de um bom resultado, então tenho que dar o máximo mesmo", disse Sophia Medina. "O mar tá bem difícil, pequeno, mas sempre dá pra achar alguma coisa. A gente sempre treina em qualquer tipo de mar e agora recebe a recompensa por isso né. Estou feliz por continuar na briga pela vaga pro Challenger. Sei que não vai ser fácil, então só tenho que fazer meu melhor. O resultado é consequência disso".

Sophia Medina Sophia Medina - WSL / Marcio David

Sophia Medina terá realmente um duro desafio nas semifinais, a bicampeã catarinense profissional de 2021 e 2022, Tainá Hinckel. A surfista da Guarda do Embaú tem dois títulos de campeã sul-americana Pro Junior, mas está fora da briga por vagas no Challenger Series esse ano. Na segunda semifinal, está a experiente pentacampeã brasileira e duas vezes vice-campeã mundial, Silvana Lima, que derrotou outra jovem catarinense, Kiany Hyakutake.

"O mar tá bem loteria ali, mas Graças a Deus, estou bem conectada, as ondinhas tão vindo bem no começo pra mim e estou aproveitando ao máximo", disse Silvana Lima. "Estou superfeliz por mais uma vitória e simbora pra próxima. Tomara que o mar dê uma reagida, com mais oportunidades para a gente surfar. Amanhã é o tudo ou nada e estou pronta".

Silvana Lima Silvana Lima precisa vencer o LayBack Pro para disputar o Challenger Series - WSL / Marcio David

TÍTULO SUL-AMERICANO - A adversária de Silvana na segunda semifinal será a jovem peruana, Sol Aguirre. No ano passado, ela conquistou um incrível tetracampeonato sul-americano na categoria Pro Junior, para surfistas com até 20 anos de idade. Agora, pode ganhar o principal título da WSL Latin America. No sábado, Sol Aguirre venceu um confronto direto com a equatoriana Dominic Barona, que também se consagraria campeã sul-americana de 2022/2023, se passasse para a final do Billabong apresenta LayBack Pro.

"É sempre difícil competir com a Mimi (Dominic Barona), mas estou com toda a energia para ganhar esse campeonato, então tenho que seguir avançando e consegui isso hoje", disse Sol Aguirre. "Eu quero mais, quero continuar surfando forte e me divertindo nesse lindo país. Seria superlindo ganhar o título sul-americano, mas primeiro vou ter que passar a próxima bateria. No momento, é desfrutar, descansar e vamos ver o que acontece amanhã (domingo)".

Sol Aguirre Sol Aguirre está a um passo de conquistar o último título sul-americano - WSL / Marcio David

VAGAS CONFIRMADAS - Logo após as quartas de final femininas, foram iniciadas as masculinas, com um confronto direto por vaga no grupo dos 7 que se classificam para o Challenger Series. Eram dois paulistas e o mais jovem, Ryan Kainalo, de 17 anos, foi em várias ondas para construir a vitória sobre Caio Costa, 19 anos, por uma pequena vantagem de 12,50 a 11,20 pontos. Ryan Kainalo foi o único a competir em todas as 12 etapas da temporada, em 5 países da América do Sul, Brasil, Argentina, Chile, Peru e Equador.

"Eu treinei o ano inteiro pra isso. Foi o ano inteiro pensando todos os dias nisso, eu dormia pensando, acordava querendo e estou sem palavras agora", disse Ryan Kainalo. "É um objetivo muito grande concluído. Com certeza, tem muita coisa pra acontecer esse ano e o próximo passo é buscar a classificação para o CT. Essa é a meta mais importante da minha carreira".

Ryan Kainalo Ryan Kainalo conseguiu atingir seu objetivo, que era a vaga pro Challenger - WSL / Marcio David

Mais duas vagas foram oficializadas no confronto seguinte, quando Luan Wood ganhou o duelo catarinense com Leo Casal no último minuto. Com este resultado, o capixaba Rafael Teixeira, que tinha perdido o quinto lugar no ranking para Ryan Kainalo, bem como o paulista Weslley Dantas, que ainda ia competir, tiveram seus nomes confirmados no G-7. Restou apenas uma vaga para fechar a lista, justamente a do Leo Casal. Mas, para tirar o seu sétimo lugar no ranking, o capixaba Krystian Kymerson tem que chegar na final neste domingo.

NOVO RECORDE - O destaque dos últimos dias com seus aéreos nas direitas e esquerdas da Praia Mole, Weslley Dantas, liderou o penúltimo duelo das quartas de final do início ao fim. Até o paranaense Peterson Crisanto achar uma esquerda que abriu a parede, para ele mandar uma série de batidas e rasgadas, executadas com pressão e velocidade. Essa onda arrancou nota 9,17 dos juízes, novo recorde da terceira edição do Billabong apresenta LayBack Pro em Florianópolis.

Peterson Crisanto Peterson Crisanto manobrou forte para ganhar a maior nota do campeonato - WSL / Marcio David

"O mar tá bem pequeno hoje, a galera tá optando mandar mais o aéreo e tá dando certo em algumas baterias", disse Peterson Crisanto. "Eu tive a felicidade de encontrar uma última esquerdinha muito boa no final. Eu precisava de uma nota boa e acabei fazendo um 9,17, a maior nota do evento. Estou feliz que a pranchinha tá boa, eu venho fazendo um bom evento e pretendo manter esse ritmo no dia das finais".

CHALLENGER SERIES - Apesar da derrota, Weslley Dantas saiu do mar classificado para o Challenger Series, que era seu grande objetivo. Nesta última etapa da temporada 2022/2023, Weslley e Leo Casal tiraram o chileno Guillermo Satt e o argentino Nacho Gundesen da lista dos sete indicados pelo ranking da WSL Latin America. Peterson Crisanto agora vai enfrentar nas semifinais o concorrente pela última vaga, Krystian Kymerson, que tira o sétimo lugar do Leo Casal se vencer esta bateria e chegar na grande final.

Weslley Dantas Weslley Dantas perdeu, mas sua vaga no Challenger Series já estava confirmada - WSL / Marcio David

Os já confirmados pelo ranking regional da América do Sul, para disputar classificação para a elite do World Surf League Championship Tour no Challenger Series deste ano, são o peruano Miguel Tudela e os brasileiros Ian Gouveia (2.o), Lucas Silveira (3.o), Ryan Kainalo (4.o), Rafael Teixeira (5.o) e Weslley Dantas (6.o). Na categoria feminina, também só falta definir a vaga brasileira, se ficará com Isabelle Nalu, Sophia Medina ou Silvana Lima. As outras três foram conquistadas pelas peruanas Daniella Rosas e Sol Aguirre e pela equatoriana Dominic Barona.

KIZU INVITATIONAL - Logo após as quartas de final do Billabong apresenta LayBack Pro, foi realizada a Kizu Invitational, com os principais nomes da modalidade Surf Adaptado do Brasil. As maiores atrações eram Derek Rabelo, que é cego, e o próprio Felipe Kizu, seis vezes campeão mundial de surf adaptado. Os convidados por Kizu foram divididos em três baterias, duas masculinas e a primeira da história só com mulheres.

"É um momento muito especial pra mim", disse Derek Rabelo, que já surfou em várias ondas do mundo e junto com grandes surfistas, como o melhor de todos os tempos, Kelly Slater. "Eu tive a oportunidade de estar aqui em 2021, fui convidado esse ano novamente e estou muito feliz. É maravilhoso estar junto com esse pessoal que realmente representa o surfe, de corpo e alma, de muita entrega. O surfe é o que eu amo de verdade, é a minha paixão, tá na minha veia, na minha essência. Então, ter essa oportunidade de estar com essa galera, nesse evento maravilhoso, na cidade que eu moro, é muito especial e estou muito feliz".

Derek Rabelo Derek Rabelo foi uma das atrações do Kizu Invitational no sábado - WSL / Marcio David

Derek Rabelo entrou na segunda bateria, junto com mais dois surfistas com pranchões de Stand Up Paddle, o Nem da Joaca com má formação na perna e o Jonas que tem um braço amputado. O argentino Nico, que é paraplégico, surfou deitado na prancha. Na primeira bateria feminina da história do Surf Adaptado do Brasil, estavam a Ingrid que é deficiente visual, a Vitória que é paraplégica e a Vera. Já o organizador do Kizu Invitational, entrou na primeira bateria. O Felipe Kizu é paraplégico e compete de waveski, enquanto o deficiente visual, Samuel da Luz, e o Fidel Bracinho, surfaram com pranchas de Stand Up .

"Deu pra se divertir, tá bem marola, sem pressão, mas ainda tem ondas né", disse Kizu. "Deu para todos aproveitarem. A galera se divertiu na bateria e é muito legal a gente ter a oportunidade de estar aqui. A Layback sempre teve o interesse em ajudar o esporte adaptado. Pra mim, a Layback é a marca que mais tem o surfe e o skate na alma mesmo, no DNA dela. Eles sempre abriram espaço pro surfe adaptado, pro skate adaptado e isso é importantíssimo pro nosso esporte crescer. Esse ano, estão prevendo aí três etapas do Circuito Brasileiro de Surf Adaptado, três etapas do Mundial, mais uma do Mundial da ISA. Então, vai ser um ano bem movimentado e vamos correr atrás, para tentar participar de tudo".

Felipe Kizu Felipe Kizu tem seis títulos de campeão mundial de surf adaptado - WSL / Marcio David

O Billabong apresenta LayBack Pro QS 3000 é uma realização da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) com a Agência Esporte & Arte (AEA) como correalizadora e licenciada pela World Surf League Latin America para promover uma etapa do Qualifying Series. O evento é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, pela Oakberry e Corona, com apoio da NEW ERA, Evoke, The Search House, BVIP Bank, Sehat, Hotel Selina, Nova Era Fibra e da Associação de Surf da Praia Mole (ASPM), contando ainda com parceria de mídia do Site Waves e produção da FIRMA na transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

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