- WSL / Kelly Cestari
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Highlights: World Junior Championship na Austrália
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Confira oque aconteceu no primeiro dia de disputas do Mundial Junior.

O World Surf League Junior Championship 2016 começou com vitória brasileira de Weslley Dantas nas ondas de 2-3 pés de Bombo Beach na quarta-feira em Kiama, na costa sul de New South Wales, na Austrália. Além do irmão mais jovem do top do CT, Wiggolly Dantas, o único sul-americano que também passou direto para a terceira fase foi o catarinense Mateus Herdy. Os outros dois surfistas do time masculino da WSL South America e as duas do feminino perderam e vão ter que disputar a segunda fase da competição que define os campeões mundiais da categoria para surfistas com até 18 anos de idade.

Weslley Dantas of Brasil winning Heat 1 of Round 1 at the World Junior Championship. Weslley Dantas - WSL / Kelly Cestari

O paulista Weslley Dantas escolheu as direitas de Bombo Beach para mostrar a força do seu backside (surfando de costas para a onda) contra os dois havaianos que enfrentou na bateria que abriu a quarta-feira em Kiama. Ele começou com notas medianas na casa dos 5 pontos e garantiu a vitória por 13,00 pontos com o 7,33 recebido em sua melhor apresentação. Noa Mizuno ficou em segundo lugar com 9,73 pontos e Logan Bediamol em terceiro com 8,46.

"A primeira bateria do campeonato é sempre muito difícil", disse Weslley Dantas. "É quando os juízes estão definindo sua escala de pontuação e você nunca sabe realmente o que precisa fazer para obter boas notas. Eu fiquei bem nervoso por causa disso, mas agora estou muito feliz por ter passado direto para a terceira fase".

Mateus Herdy - World Junior Championship 2017 Mateus Herdy - WSL / Smith

As marcas de Weslley Dantas só foram batidas duas vezes nas outras onze baterias da primeira fase classificatória do World Surf League Junior Championship na quarta-feira. No segundo confronto do dia, Jake Marshall se tornou o recordista absoluto com nota 8,33 e 14,00 pontos. E na quinta bateria, outro norte-americano, Griffin Colapinto, atingiu 13,27 pontos para derrotar o brasileiro Kim Matheus Marcondes e o sul-africano Bevan Willis.

"Este é o primeiro evento Junior que eu participo e a bateria foi um pouco fraca de ondas no início", disse Jake Marshall. "Eu só tinha surfado duas, então os outros dois competidores poderiam facilmente me tomar a liderança. Felizmente, achei uma esquerda que abriu para fazer mais manobras que garantiu minha vitória. É importante pular a segunda fase, porque você tem mais tempo para relaxar e se preparar para a próxima bateria".

Jake Marshall of the USA winning Heat 2 of Round 1 at the World Junior Championship. Jake Marshall - WSL / Kelly Cestari

DUELO SUL-AMERICANO - Antes da derrota de Kim Matheus Marcondes para Griffin Colapinto, o peruano Alonso Correa também já havia sido mandado para a repescagem por Luis Diaz, das Ilhas Canárias. Os dois agora vão se enfrentar na primeira rodada eliminatória do campeonato, pois foram escalados na segunda bateria da segunda fase. O vencedor avança para a terceira fase, mas quem perder termina na 25.a e última posição no World Surf League Junior Championship 2016.

A outra única vitória sul-americana na quarta-feira foi conquistada por outro brasileiro, o catarinense Mateus Herdy. Ele estreou na nona bateria do dia e só confirmou a classificação direta para a terceira fase nas duas últimas ondas que pegou. O surfista da Ilha Guadalupe, Thomas Debierre, começou bem com nota 7,00, ganhou 4,17 na segunda e liderou todo o confronto, até Mateus Herdy conseguir notas 5,83 e 5,60 em duas ondas seguidas para virar o placar para 11,43 a 11,17 pontos. Che Allan, de Barbados, ficou em último com 6,94 pontos.

Griffin Colapinto wins his Round One heat at World Junior Championship Griffin Colapinto - WSL / Kelly Cestari

RECORDE DE TÍTULOS - Esta é a primeira edição do Mundial Pro Junior da World Surf League com o novo limite de 18 anos de idade. O Brasil foi o recordista com sete títulos quando a competição era para surfistas com até 21 anos, inclusive conquistando o último deles com o carioca Lucas Silveira no ano passado em Portugal. Antes dele, cinco brasileiros já tinham levantado seis vezes o troféu de melhor do mundo na categoria Sub-21. O primeiro foi o carioca Pedro Henrique em 2000, na última decisão de título disputada no Havaí.

Depois, a competição mudou para a Austrália e o Brasil foi bicampeão consecutivo com o hoje campeão mundial Adriano de Souza em 2003 e o cearense Pablo Paulino em 2004. O mesmo Pablo Paulino conquistou seu segundo título em 2007. Já o paulista Caio Ibelli ganhou o ranking do único circuito com três etapas em 2011 e o campeão mundial Gabriel Medina faturou o caneco da única decisão de título no Brasil, vencendo o HD World Junior Championship 2013 na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC).

Alonso Correa of PER placed third in Heat 3 of Round 1 at the World Junior Championship. Alonso Correa - WSL / Kelly Cestari

CATEGORIA FEMININA - Na categoria feminina, nenhuma surfista da América do Sul conseguiu ser campeã mundial Pro Junior ainda. As duas que podem quebrar esse tabu, não começaram bem no World Surf League Junior Championship 2016. Tanto a jovem brasileira Tainá Hinckel, como a argentina Josefina Ane, ficaram em último lugar nas baterias vencidas por duas havaianas. Josefina perdeu para Zoe McDougall e Tainá para a campeã mundial Pro Junior de 2014, Mahina Maeda.

Entre as meninas, o grande destaque do dia foi outra havaiana, Brisa Hennessy, que fez os recordes da categoria feminina com nota 7,50 e 14,00 pontos. Uma das suas adversárias era a norte-americana Caroline Marks, que vai enfrentar a catarinense da Guarda do Embaú, Taina Hinckel, no terceiro duelo da primeira rodada eliminatória. Já a argentina Josefina Ane vai disputar a última vaga para a terceira fase com a japonesa Minori Kawai.

Taina Hinckel of Brazil placed third in Heat 3 of Round One at the World Junior Championship. Taina Hinckel - WSL / Kelly Cestari

FORMATO CT - O World Surf League Junior Championship 2016 é disputado com um formato parecido das etapas do CT. São 36 concorrentes ao título masculino divididos em doze baterias na primeira fase e dezoito candidatas ao troféu feminino também distribuídas em seis confrontos com três competidoras. Os vencedores passam direto para a terceira fase, mas todos têm uma segunda chance de classificação na única repescagem do campeonato. Essa é a diferença para as etapas do CT, que têm duas repescagens, a última delas valendo vagas para as quartas de final.

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