Esta semana no Corona Open J-Bay, o ex-Campeão do Mundo Shaun Tomson - e nativo da África do Sul - esteve na frente da câmera, e ao redor dela, então decidimos fazer algumas perguntas a ele sobre a atual situação do surf profissional.
O lendário pointbreak da África do Sul proporcionou seu próprio espetáculo para o primeiro round do Corona Open J-Bay.
World Surf League: Então, qual dos surfistas competindo aqui em J-Bay o inspira?
Shaun Tomson: Essa é uma ótima pergunta.
De uma perspectiva de surf puro e inovador seria John John Florence. O que John John fez em Margaret River - aquilo foi o mais puro "carving" à maneira da velha escola. Ele estava até surfando com um modelo de prancha da velha escola e estava mostrando que, não importa quais sejam as mudanças no surf, o verdadeiro teste de grandeza do surfista é como ele rasga a onda. Simples assim.
Da perspectiva de um surf com um ritmo naturalmente poderoso, seria Jordy Smith, com sua incrível vitória no Rip Curl Pro Bells Beach e como ele encontrou uma nova maneira de surfar sem ter que forçar nada. Ele não está se debatendo, ele não tem pressa; ele tem essas explosões de força que são tão boas de assistir.
Jordy Smith e Matt Wilkinson sobreviveram por pouco às disputas com os perigosos wildcards sul-africanos
Do ponto de vista da inovação e da pura curtição, seria Kelly Slater.. Você sabe, tem a ver com o que ele está fazendo dentro e fora do surf. Tem as pranchas de surf radicalmente inovadoras, a incrível piscina de ondas e ele simplesmente está feliz no dia a dia em apenas ir surfar.
De uma perspectiva de tenacidade e coragem bruta, eu diria Mick Fanning. Ainda que seu ano não tenha sido espetacular até agora, apenas a tenacidade e a coragem que esse cara mostrou, particularmente no ano passado, voltando e ganhando aqui, depois do que aconteceu com ele. Essa é uma das maiores vitórias do surf.
Depois, há a perspectiva do guerreiro, e esse tem que ser Adriano de Souza.
Você sabe, estou tão inspirado pelo que está acontecendo no patamar da World Surf League. Para mim, não é apenas pelo surf puro, é pelo que está dentro das pessoas.
Jordy Smith - WSL / Steve Sherman
O que você acha do estado atual do surf na África do Sul?
Colin Fitch telefonou para me contar sobre a City Surf Series há alguns meses, e acho que foi uma ótima notícia. Quando éramos mais novos, tínhamos tantos eventos em Natal, e tudo que isso significava é que conseguíamos mais tempo vestindo camisetas de competição, e ficávamos mais experientes em estratégia de competição. A única maneira de conseguir isso é estar surfando o tempo todo. Então você tem um cara como Jordy, que está no topo, ele está bem ali, mas agora você tem um cara como Michael February e ele é apenas um jovem que está chegando, e ele está pensando, "eu posso fazer isso". E ele está dizendo isso porque ele está podendo praticar e ele está surfando e ganhando baterias, e obtendo mais experiência em campeonatos. Eu acho ótimo.
Qual foi o melhor conselho que você já recebeu sobre competir?
Essa é uma ótima pergunta, com uma ótima resposta. O melhor conselho quando se trata de competir, e é um conselho muito simples, veio do meu pai. Ele me disse que, quando você perder, você perde como um homem, e quando você ganha, você ganha como um cavalheiro. Quando os juízes tomam uma decisão, é esculpida em pedra e não vai mudar. Não importa o que você faça. Se você invadir a torre dos juízes, ou se você gritar com eles ou fizer uma grande cena, não faz diferença no resultado da bateria. Se você faz essas coisas, não está indo na direção certa. Você está apenas agravando as coisas. Quando perdia, eu apertava a mão do cara que me venceu e eu lidava com a perda na minha cabeça. Eu ia embora e aguardava a próxima competição. Eu tive que me livrar da negatividade de perder o mais rápido que pudesse, para poder me concentrar na próxima vitória.
Parece que é uma vantagem ser capaz de fazer isso.
Exatamente. É uma enorme vantagem, não se deixa afundar, não ter toda essa negatividade, gritaria e bobagens. Não altera o resultado. Nada o faz, então você tem que seguir em frente. Foi um grande acontecimento para mim entender isso, e quando entendi, foi uma das maiores razões pelas quais eu consegui ser bem sucedido no surf profissional.
Shaun Tomson e Zeke Lau no dia da abertura do Corona Open J-Bay. - WSL / Steve Sherman
Outro conselho que assumi na minha vida e usei e adaptei é a ideologia de remar de volta para o outside. É tão relevante para tudo. Há tantas coisas acontecendo no surf. Você vai dar uma surfada e você rema pra fora. Você tem uma expectativa, então você ou pega uma boa onda, ou pode tomar uma vaca cabulosa, seja competindo ou surfando por diversão. De um jeito ou de outro, você rema volta. Na competição, isso significa que você não desiste, e você continua lutando até o fim. Pode ser que a onda vencedora esteja logo atrás da próxima, mas você tem que remar novamente.
Perca como um homem, ganha como um cavalheiro, e sempre reme de volta. Esse é o conselho pelo qual eu vivo.
Conversando com o campeão mundial de 1977 Shaun Tomson
WSL
Esta semana no Corona Open J-Bay, o ex-Campeão do Mundo Shaun Tomson - e nativo da África do Sul - esteve na frente da câmera, e ao redor dela, então decidimos fazer algumas perguntas a ele sobre a atual situação do surf profissional.
World Surf League: Então, qual dos surfistas competindo aqui em J-Bay o inspira?
Shaun Tomson: Essa é uma ótima pergunta.
De uma perspectiva de surf puro e inovador seria John John Florence. O que John John fez em Margaret River - aquilo foi o mais puro "carving" à maneira da velha escola. Ele estava até surfando com um modelo de prancha da velha escola e estava mostrando que, não importa quais sejam as mudanças no surf, o verdadeiro teste de grandeza do surfista é como ele rasga a onda. Simples assim.
Da perspectiva de um surf com um ritmo naturalmente poderoso, seria Jordy Smith, com sua incrível vitória no Rip Curl Pro Bells Beach e como ele encontrou uma nova maneira de surfar sem ter que forçar nada. Ele não está se debatendo, ele não tem pressa; ele tem essas explosões de força que são tão boas de assistir.
Do ponto de vista da inovação e da pura curtição, seria Kelly Slater.. Você sabe, tem a ver com o que ele está fazendo dentro e fora do surf. Tem as pranchas de surf radicalmente inovadoras, a incrível piscina de ondas e ele simplesmente está feliz no dia a dia em apenas ir surfar.
De uma perspectiva de tenacidade e coragem bruta, eu diria Mick Fanning. Ainda que seu ano não tenha sido espetacular até agora, apenas a tenacidade e a coragem que esse cara mostrou, particularmente no ano passado, voltando e ganhando aqui, depois do que aconteceu com ele. Essa é uma das maiores vitórias do surf.
Depois, há a perspectiva do guerreiro, e esse tem que ser Adriano de Souza.
Você sabe, estou tão inspirado pelo que está acontecendo no patamar da World Surf League. Para mim, não é apenas pelo surf puro, é pelo que está dentro das pessoas.
Jordy Smith - WSL / Steve ShermanO que você acha do estado atual do surf na África do Sul? Colin Fitch telefonou para me contar sobre a City Surf Series há alguns meses, e acho que foi uma ótima notícia. Quando éramos mais novos, tínhamos tantos eventos em Natal, e tudo que isso significava é que conseguíamos mais tempo vestindo camisetas de competição, e ficávamos mais experientes em estratégia de competição. A única maneira de conseguir isso é estar surfando o tempo todo. Então você tem um cara como Jordy, que está no topo, ele está bem ali, mas agora você tem um cara como Michael February e ele é apenas um jovem que está chegando, e ele está pensando, "eu posso fazer isso". E ele está dizendo isso porque ele está podendo praticar e ele está surfando e ganhando baterias, e obtendo mais experiência em campeonatos. Eu acho ótimo.
Qual foi o melhor conselho que você já recebeu sobre competir? Essa é uma ótima pergunta, com uma ótima resposta. O melhor conselho quando se trata de competir, e é um conselho muito simples, veio do meu pai. Ele me disse que, quando você perder, você perde como um homem, e quando você ganha, você ganha como um cavalheiro. Quando os juízes tomam uma decisão, é esculpida em pedra e não vai mudar. Não importa o que você faça. Se você invadir a torre dos juízes, ou se você gritar com eles ou fizer uma grande cena, não faz diferença no resultado da bateria. Se você faz essas coisas, não está indo na direção certa. Você está apenas agravando as coisas. Quando perdia, eu apertava a mão do cara que me venceu e eu lidava com a perda na minha cabeça. Eu ia embora e aguardava a próxima competição. Eu tive que me livrar da negatividade de perder o mais rápido que pudesse, para poder me concentrar na próxima vitória.
Parece que é uma vantagem ser capaz de fazer isso. Exatamente. É uma enorme vantagem, não se deixa afundar, não ter toda essa negatividade, gritaria e bobagens. Não altera o resultado. Nada o faz, então você tem que seguir em frente. Foi um grande acontecimento para mim entender isso, e quando entendi, foi uma das maiores razões pelas quais eu consegui ser bem sucedido no surf profissional.
Shaun Tomson e Zeke Lau no dia da abertura do Corona Open J-Bay. - WSL / Steve ShermanOutro conselho que assumi na minha vida e usei e adaptei é a ideologia de remar de volta para o outside. É tão relevante para tudo. Há tantas coisas acontecendo no surf. Você vai dar uma surfada e você rema pra fora. Você tem uma expectativa, então você ou pega uma boa onda, ou pode tomar uma vaca cabulosa, seja competindo ou surfando por diversão. De um jeito ou de outro, você rema volta. Na competição, isso significa que você não desiste, e você continua lutando até o fim. Pode ser que a onda vencedora esteja logo atrás da próxima, mas você tem que remar novamente.
Perca como um homem, ganha como um cavalheiro, e sempre reme de volta. Esse é o conselho pelo qual eu vivo.
Corona Open J-Bay
Filipe Toledo's unanimous 10-point ride heard around the world at the 2017 Corona Open J-Bay. Rewind and watch one of the greatest waves
In the aftermath of Filipe Toledo's stunning 10-point ride at J-Bay in 2017, pundits and peers pondered how he just changed the game.
Supertubes delivered last year, and the world's best surfers rejoiced.
A full look back at how Filipe Toledo dominated J-Bay with his innovative air game.
Top scores and waves from 2017.
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