Mateus Herdy nasceu em Florianópolis, onde mora, mas vem de uma família de surfistas profissionais originária de Niterói, no Rio de Janeiro, que afiou suas garras nas desafiadoras ondas de Itacoatiara. Seu pai Alexandre foi um temido competidor na metade dos anos 90, conhecido por se atirar nas maiores ondas, e seu tio Guilherme participou do CT por 10 temporadas, onde fez fama por sua exímia habilidade nos tubos. E ao que tudo indica o sobrenome Herdy continuara brilhando em competições mundo afora, pois Mateus, atual campeão sul-americano sub 18, é uma das maiores apostas da nova geração do surf brasileiro.
Mateus Herdy afirma que sua principal arma na batalha para chegar ao CT será o aéreo. - WSL / Thurtell
Aos 16 anos de idade, ele já começou sua escalada no ranking do QS visando a classificação para a elite do surf mundial. Dono de um surf moderno e versátil, recentemente ele esteve na África do Sul onde faturou o primeiro lugar na categoria Junior do Volkswagen SA Open of Surfing, em Durban. Atualmente em 90º lugar no ranking, seu objetivo para 2017 é pontuar o suficiente para poder começar a correr os eventos Prime em 2018 e chegar o mais rápido possível ao CT.
Segundo seu companheiro de equipe Volcom, Marcelo Trekinho, "ele lembra muito o Taj quando era moleque, mesma linha com estilo e manobras parecidas. É uma mistura de Taj Burrow, Bruce Irons e ainda tem um pouquinho de Tom Curren". E certamente foi esta marcante combinação de estilos e habilidades que chamou a atenção de Daniel Cortez, o gerente da equipe brasileira da marca californiana, responsável por sua contratação e um dos mais eficazes olheiros do surf brasileiro.
Ter nascido numa família de surfistas profissionias incentivou Mateus a optar por uma carreira no esporte. - WSL / Poullenot/Aquashot
Totalmente focado em suas metas, Mateus respondeu nossas perguntas com muita humildade e segurança, demonstrando uma maturidade e capacidade de comunicação que sem dúvida o ajudarão quando chegar ao ambiente hiper competitivo do CT, onde o atleta completo é aquele que também sabe se expressar fora d'água. Porque dentro d'água o filho do Alexandre e sobrinho do Guilherme não deixa dúvida alguma na hora de passar sua mensagem entubando, rasgando e voando. É como se ele estivesse repetindo a cada manobra, "quero ir lá e vencer".
Você acabou de voltar da África do Sul, estava competindo lá? Fui competir em três ventos do QS Pro Junior. Em Lambert's Bay, em Durban e Cape Town. Em Lambert's fiquei em 7º no QS e 5º no Pro Junior. Em Durban terminei em 13º no QS e fui 1º no Pro Jr e em Cape Town fiquei doente e acabei não podendo competir.
Sempre atento ao que está acontecendo nas etapas do CT e do QS, Mateus sabe o quanto é importante ser um surfista completo. - WSL / Ethan Smith
Você está focado no QS este ano? Já tinha competindo em alguns eventos QS em anos anteriores, mas esse é meu primeiro ano pra valer no QS, estou desde o começo do ano competindo em vários eventos. Meu objetivo este ano é virar Prime, ficar entre os 100 primeiros e ai no próximo ano tentar entrar no CT.
Como você está vendo o nível dos competidores do QS? Todo mundo surfa bem, o nível é bem parecido, não tem bateria fácil.
No Brasil, quem seria seu grande adversário? É o Samuel Pupo.
Você tem uma rivalidade ou são amigos? Não, somos bem amigos, mas a gente já compete junto desde o amador, é aquela briga, ele é um pouquinho mais velho então ele ganhava mais. Sempre tivemos uma batalha boa mas sempre fomos bem amigos, nunca tivemos uma briga nem nada.
Nascido e criado em Florianópolis, é natural que ele tenha facilidade de disputar baterias em beach breaks. Mas seu sonho é chegar às ondas de alta qualidade do CT . - WSL / Ethan Smith
Quem são os surfistas do CT que mais inspiram você? Todos que chegaram lá me inspiram, mas os que eu mais gosto de ver são Mick Fanning, Mineiro, Julian Wilson e John John. Depende também pra qual etapa. No Rio, ou em lugares de aéreo, é o Filipinho, em lugares de tubo é o John John e o Kelly. Lugares como Jeffreys Bay e Bells Beach é o Mick. Ou o Adriano. O Adriano é mais pelo foco dele e pela experiência que ele tem, como ele se comporta na bateria, e surfa demais.
Você acompanha todas as etapas do CT do começo ao fim? Sim, só não acompanho se tenho algum compromisso. Mas não só o CT, os QS também, a maioria.
Quem é seu shaper? Tenho um trabalho com a Pukas, que é uma marca com vários shapers dentro da empresa, mas o trabalho que estou fazendo é com a Mayhem, o Matt Biolos, e com Sandro Bianchini que é um shaper meu aqui de Floripa, que costumava ser backshaper do Peter Daniels. Estes dois são com que estou mais fazendo pranchas agora.
Uma dos pontos fortes de Mateus é a capacidade de foco nos seus objetivos. Desde pequeno ele já sabia que queria vencer baterias . - WSL / Poullenot/Aquashot
No que ter vindo de uma família de surfistas profissionais o influenciou? Quando eu era pequeno eu sempre idolatrava meu pai e meu tio por terem tido a carreira que tiveram e vi que aquilo era o que eu queria para mim também, então foi bom ter pessoas que já estavam lá dento, que conhecem, que tem experiência. Foi o primeiro empurrão.
Quem te orienta mais, seu pai, seu tio? Eu pego um pouco de cada um. Eu tenho meu técnico, o Luis Cleber, eu faço um trabalho com ele desde o ano passado. Cada um tem um pouco para passar.
Qual sua tipo preferido de onda? É uma onda na qual eu possa fazer um surf bem completo, com um pouco de tudo, tubo, aéreo, manobras. No Circuito Mundial seria Jeffrey's Bay, ainda não surfei lá, mas é meu sonho.
Seu pai, Alexandre, e o tio, Guilherme, mais ainda, foram bem sucedidos competidores que começaram sua carreira nos tubos de Itacoatiara, em Niterói. Mesmo sem tantos tubos pesados perto de casa, Mateus herdou o gosto familiar pelos canudos. - WSL / James Thisted
Onda pequena, média ou grande? Onda média, mas gosto de tudo um pouco. O mar está sempre em mudança, tem que saber se adaptar com o que ele está impondo pra gente.
Você já fez bastante viagens internacionais, qual seu lugar favorito? Fui para muitos lugares, mas as Mentawais, na Indonésia, foi o melhor lugar.
Qual manobra você diria que é sua principal arma em competições? É o aéreo, com certeza.
E qual você tem que aprimorar? Tudo, desde aéreo, tubo, manobra, sempre tem que estar se aprimorando.
Num momento do surf profissional em que muitas baterias são vencidas por quem ousa mais, Mateus não teme se arriscar em busca de pontos decisivos. - WSL / Ethan Smith
Trovoadas no horizonte
Adrian Kojin
Mateus Herdy nasceu em Florianópolis, onde mora, mas vem de uma família de surfistas profissionais originária de Niterói, no Rio de Janeiro, que afiou suas garras nas desafiadoras ondas de Itacoatiara. Seu pai Alexandre foi um temido competidor na metade dos anos 90, conhecido por se atirar nas maiores ondas, e seu tio Guilherme participou do CT por 10 temporadas, onde fez fama por sua exímia habilidade nos tubos. E ao que tudo indica o sobrenome Herdy continuara brilhando em competições mundo afora, pois Mateus, atual campeão sul-americano sub 18, é uma das maiores apostas da nova geração do surf brasileiro.
Mateus Herdy afirma que sua principal arma na batalha para chegar ao CT será o aéreo. - WSL / ThurtellAos 16 anos de idade, ele já começou sua escalada no ranking do QS visando a classificação para a elite do surf mundial. Dono de um surf moderno e versátil, recentemente ele esteve na África do Sul onde faturou o primeiro lugar na categoria Junior do Volkswagen SA Open of Surfing, em Durban. Atualmente em 90º lugar no ranking, seu objetivo para 2017 é pontuar o suficiente para poder começar a correr os eventos Prime em 2018 e chegar o mais rápido possível ao CT.
Segundo seu companheiro de equipe Volcom, Marcelo Trekinho, "ele lembra muito o Taj quando era moleque, mesma linha com estilo e manobras parecidas. É uma mistura de Taj Burrow, Bruce Irons e ainda tem um pouquinho de Tom Curren". E certamente foi esta marcante combinação de estilos e habilidades que chamou a atenção de Daniel Cortez, o gerente da equipe brasileira da marca californiana, responsável por sua contratação e um dos mais eficazes olheiros do surf brasileiro.
Ter nascido numa família de surfistas profissionias incentivou Mateus a optar por uma carreira no esporte. - WSL / Poullenot/AquashotTotalmente focado em suas metas, Mateus respondeu nossas perguntas com muita humildade e segurança, demonstrando uma maturidade e capacidade de comunicação que sem dúvida o ajudarão quando chegar ao ambiente hiper competitivo do CT, onde o atleta completo é aquele que também sabe se expressar fora d'água. Porque dentro d'água o filho do Alexandre e sobrinho do Guilherme não deixa dúvida alguma na hora de passar sua mensagem entubando, rasgando e voando. É como se ele estivesse repetindo a cada manobra, "quero ir lá e vencer".
Você acabou de voltar da África do Sul, estava competindo lá? Fui competir em três ventos do QS Pro Junior. Em Lambert's Bay, em Durban e Cape Town. Em Lambert's fiquei em 7º no QS e 5º no Pro Junior. Em Durban terminei em 13º no QS e fui 1º no Pro Jr e em Cape Town fiquei doente e acabei não podendo competir.
Sempre atento ao que está acontecendo nas etapas do CT e do QS, Mateus sabe o quanto é importante ser um surfista completo. - WSL / Ethan SmithVocê está focado no QS este ano? Já tinha competindo em alguns eventos QS em anos anteriores, mas esse é meu primeiro ano pra valer no QS, estou desde o começo do ano competindo em vários eventos. Meu objetivo este ano é virar Prime, ficar entre os 100 primeiros e ai no próximo ano tentar entrar no CT.
Como você está vendo o nível dos competidores do QS? Todo mundo surfa bem, o nível é bem parecido, não tem bateria fácil.
No Brasil, quem seria seu grande adversário? É o Samuel Pupo.
Você tem uma rivalidade ou são amigos? Não, somos bem amigos, mas a gente já compete junto desde o amador, é aquela briga, ele é um pouquinho mais velho então ele ganhava mais. Sempre tivemos uma batalha boa mas sempre fomos bem amigos, nunca tivemos uma briga nem nada.
Nascido e criado em Florianópolis, é natural que ele tenha facilidade de disputar baterias em beach breaks. Mas seu sonho é chegar às ondas de alta qualidade do CT . - WSL / Ethan SmithQuem são os surfistas do CT que mais inspiram você? Todos que chegaram lá me inspiram, mas os que eu mais gosto de ver são Mick Fanning, Mineiro, Julian Wilson e John John. Depende também pra qual etapa. No Rio, ou em lugares de aéreo, é o Filipinho, em lugares de tubo é o John John e o Kelly. Lugares como Jeffreys Bay e Bells Beach é o Mick. Ou o Adriano. O Adriano é mais pelo foco dele e pela experiência que ele tem, como ele se comporta na bateria, e surfa demais.
Você acompanha todas as etapas do CT do começo ao fim? Sim, só não acompanho se tenho algum compromisso. Mas não só o CT, os QS também, a maioria.
Quem é seu shaper? Tenho um trabalho com a Pukas, que é uma marca com vários shapers dentro da empresa, mas o trabalho que estou fazendo é com a Mayhem, o Matt Biolos, e com Sandro Bianchini que é um shaper meu aqui de Floripa, que costumava ser backshaper do Peter Daniels. Estes dois são com que estou mais fazendo pranchas agora.
Uma dos pontos fortes de Mateus é a capacidade de foco nos seus objetivos. Desde pequeno ele já sabia que queria vencer baterias . - WSL / Poullenot/AquashotNo que ter vindo de uma família de surfistas profissionais o influenciou? Quando eu era pequeno eu sempre idolatrava meu pai e meu tio por terem tido a carreira que tiveram e vi que aquilo era o que eu queria para mim também, então foi bom ter pessoas que já estavam lá dento, que conhecem, que tem experiência. Foi o primeiro empurrão.
Quem te orienta mais, seu pai, seu tio? Eu pego um pouco de cada um. Eu tenho meu técnico, o Luis Cleber, eu faço um trabalho com ele desde o ano passado. Cada um tem um pouco para passar.
Qual sua tipo preferido de onda? É uma onda na qual eu possa fazer um surf bem completo, com um pouco de tudo, tubo, aéreo, manobras. No Circuito Mundial seria Jeffrey's Bay, ainda não surfei lá, mas é meu sonho.
Seu pai, Alexandre, e o tio, Guilherme, mais ainda, foram bem sucedidos competidores que começaram sua carreira nos tubos de Itacoatiara, em Niterói. Mesmo sem tantos tubos pesados perto de casa, Mateus herdou o gosto familiar pelos canudos. - WSL / James ThistedOnda pequena, média ou grande? Onda média, mas gosto de tudo um pouco. O mar está sempre em mudança, tem que saber se adaptar com o que ele está impondo pra gente.
Você já fez bastante viagens internacionais, qual seu lugar favorito? Fui para muitos lugares, mas as Mentawais, na Indonésia, foi o melhor lugar.
Qual manobra você diria que é sua principal arma em competições? É o aéreo, com certeza.
E qual você tem que aprimorar? Tudo, desde aéreo, tubo, manobra, sempre tem que estar se aprimorando.
Num momento do surf profissional em que muitas baterias são vencidas por quem ousa mais, Mateus não teme se arriscar em busca de pontos decisivos. - WSL / Ethan SmithMateus Herdy
Packed with the Family Legend heat, Erin Brooks qualifying for the '25 CT, Mateus Herdy's perfect 10, Marco Mignot qualifying for the '25
Featuring Mateus Herdy, Jackson Baker, Nora Liotta, Amuro Tsuzuki, Erin Brooks, Shion Crawford, Marco Mignot, Vahine Fierro, Cauã Costa,
Mateus Herdy takes down an in-form Morgan Cibilic in the Round of 16 through the air and marches toward the Quarterfinals with a big result
Brazil's next absolute superstar throws down one of the craziest airs of the year landing a backflip for a perfect 10. Even before
A heat with two World Junior Champs, Mateus Herdy proves superior, snagging two 8s and looking extremely dynamic. Acknowledging that the
South America
Só a vitória garantiria o título de melhor da temporada
Mateus Sena e Cauã Costa ainda podem levar o título
Italo Ferreira venceu a sua segunda bateria na sexta-feira
A Praia de Miami encheu para ver o campeão mundial
Esta é a primeira etapa da WSL no Rio Grande do Norte