- WSL / Kelly Cestari
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A temporada 2017 do World Surf League Championship Tour começa com três etapas na Austrália e o Quiksilver Pro Gold Coast abre a corrida do título mundial nos dias 14 a 25 de março nas ondas de Snapper Rocks, em Queensland, Austrália. Os nove integrantes da "seleção brasileira" no grupo dos top-34 do CT, já estão escalados em oito das doze baterias da primeira fase. Isso porque o campeão mundial Gabriel Medina está junto com Wiggolly Dantas na quarta, enquanto os outros vão estrear contra dois surfistas de outros países. E o Brasil também volta a ser representado na disputa do título mundial feminino por Silvana Lima, que recuperou sua vaga vencendo o ranking do WSL Qualifying Series no ano passado.

Silvana Lima in the round of 24 of the Anditi Womens Pro at Merewether Beach Silvana Lima - WSL / Grant Sproule

A cearense é mais experiente entre as top-17 que vai disputar o título mundial esse ano. Ela tem 32 anos e os aéreos serão uma das suas armas para competir contra meninas com idade entre 20 e 25 na maioria. Silvana foi vice-campeã mundial nas temporadas de 2008 e 2009 e, ainda durante o tetracampeonato da australiana Stephanie Gilmore, ficou em terceiro lugar no ranking de 2007 e em quarto no de 2010. Esta é a segunda vez que a brasileira retorna ao CT como campeã do QS, repetindo o feito de 2014. A nova estreia de Silvana Lima será na quarta bateria do Roxy Pro Gold Coast, contra a atual vice-campeã mundial Courtney Conlogue e a francesa Pauline Ado.

No Quiksilver Pro Gold Coast, a participação brasileira começa na primeira bateria, com o potiguar Jadson André enfrentando o taitiano Michel Bourez, campeão do último Billabong Pipe Masters no Havaí, e o norte-americano Conner Coffin. E na segunda, o sobrenome Gouveia volta a aparecer em baterias do CT com o filho mais jovem de Fábio Gouveia, que fez parte da elite mundial até 2003. Ian Gouveia é a única novidade da "seleção brasileira" esse ano e seu primeiro desafio será contra dois australianos, Stuart Kennedy e o defensor do título dessa primeira etapa, Matt Wilkinson.

Ian Gouveia (BRA) .Acores16 Ian Gouveia vencendo o QS 10000 Azores Airlines Pro em Portugal no ano passado - WSL / Laurent Masurel

Depois, tem Brasil em dose dupla com Gabriel Medina e Wiggolly Dantas na quarta bateria, completada por outro novato na divisão principal da World Surf League, o havaiano Ezekiel Lau. Na disputa seguinte, entra Miguel Pupo com o vice-campeão mundial Jordy Smith e um dos convidados do Quiksilver Pro, que ainda não foram divulgados.

Duas baterias depois, Caio Ibelli estreia junto com o australiano Julian Wilson e o primeiro italiano da história a fazer parte da elite do surfe mundial, Leonardo Fioravanti. Logo após, o potiguar Italo Ferreira disputa a nona vaga direta para a terceira fase com o australiano Julian Wilson e mais um europeu classificado entre os dez indicados pelo QS no ano passado, o francês Joan Duru.

Filipe Toledo winning his Round 3 heat. Filipe Toledo venceu o Quiksilver Pro em 2015 e foi semifinalista em 2016 - WSL / Kirstin Scholtz

O outro foi o português Frederico Morais, que entra no confronto seguinte encabeçado por Filipe Toledo, campeão do Quiksilver Pro Gold Coast em 2015 e semifinalista no ano passado, quando se contundiu na volta de um aéreo contra Matt Wilkinson. Outro australiano, Adrian Buchan, completa essa décima bateria. Na 11.a, o campeão mundial Adriano de Souza fecha a participação brasileira contra dois australianos, Josh Kerr e Bede Durbidge.

RETORNO DE CONTUNDIDOS - Bede Durbidge é um dos dois surfistas que se contundiram gravemente na bancada de Pipeline em 2015, durante o Billabong Pipe Masters no Havaí. Eles ficaram de fora de toda a temporada passada se recuperando e retornam esse ano como convidados da World Surf League. O outro é Owen Wright, que sofreu uma lesão bem mais séria e confirmou sua participação depois de competir semanas atrás no QS 6000 de Newcastle. Ele foi escalado na bateria que vai fechar a primeira fase, com o havaiano Sebastian Zietz e o jovem australiano Ethan Ewing, vice-campeão do QS no ano passado.

Owen Wright during Round 1 at the Oi Rio Pro in Barra De Tijuca, Rio, Brasil. Owen Wright volta ao circuito em 2017. - WSL / Kelly Cestari

"Eu estou muito grato pelo apoio dos meus amigos e familiares, dos meus patrocinadores, da WSL e de todas as pessoas do mundo que me enviaram pensamentos positivos durante toda a minha recuperação", disse Owen Wright. "Eu venho me sentindo mais forte a cada dia e estou muito ansioso em voltar ao Tour para competir durante toda a temporada de 2017".

CAMPEÕES MUNDIAIS - Diferente de 2016, todos os top-34 vão participar da etapa de abertura do World Surf League Championship Tour na Gold Coast esse ano. A temporada 2017 terá o maior número de campeões mundiais competindo dos últimos anos, nove no total, pois o tricampeão Mick Fanning também confirmou que vai disputar todas as etapas. O australiano pediu licença do circuito no ano passado, preferindo dar uma parada após perder dois títulos consecutivos para os brasileiros Gabriel Medina em 2014 e Adriano de Souza 2015.

Mick Fanning (AUS) came out firing in his Round One heat but not enough to overtake the in-form Joel Parkinson (AUS). Mick Fanning também retorna para competir a temporada completa. - WSL / Sean Rowland

Além de Fanning, Medina e Mineirinho, o troféu de número 1 do mundo em 2017 será disputado pelo eneacampeão Kelly Slater, por Joel Parkinson e pelo defensor do título, John John Florence. No World Surf League Women´s Championship Tour, serão três buscando mais um caneco de melhor surfista do mundo, a hexacampeã Stephanie Gilmore, a tricampeã Carissa Moore e a atual campeã, Tyler Wright, irmã mais jovem de Owen Wright.

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